JESS AND
THE ANCIENT ONES – jess and the ancient ones
(Svart Records - 2012 - CD)
Não me recordo de ter recebido o memo que estabelecia o
termo Occult como roupagem eleita para diversos projectos que têm surgido ou
crescido nos tempos mais recentes mas, aparentemente, trata-se de um caso
consumado e estes finlandeses são mais um bom exemplo disso mesmo! Os JESS & THE ANCIENT ONES seguem uma linha idêntica à dos holandeses The Devil’s
Blood, ou seja, mergulham de cabeça no universo rock setentista de alguma
influência psicadélica e com um sentido melódico muito presente! Citam
influências que vão de Mercyful Fate a ABBA, não têm receio de ir beber à fonte
progressiva e, à semelhança dos
holandeses, também se fazem ouvir com uma voz feminina e três guitarristas!
Este é o seu album de estreia, após um primeiro EP editado
em 2011 chamado “13th Breat of the Zodiac”! São sete temas que variam entre os
4 minutos de ‘Devil (in G minor)’, um exercício quase cabaresco graças ao piano
muito presente e à entrega vocal de Jess, e os épicos 12 minutos de temas como
‘Sulfur Giants (Red King)’ ou ‘Come Crimson Death’, que encerra o disco
disfarçada de powerballad, mas com uma orientação progressiva muito grande! A
faixa que abre este disco homónimo, ‘Prayer For Death and Fire’, agarra-nos
logo com o seu balanço rockeiro e com a forma como se vão alternando os seus
destaques, entre os arranjos de guitarra cheios de ganchos e as linhas
oferecidas pelas teclas, tudo unido pela voz sempre presente de Jess! ‘Twilight
Witchcraft’ segue a direito pelo mesmo caminho traçado pela abertura e ‘Ghost
Riders’ reforça ainda mais essa ideia, acabando por se tornar um dos mais rodados
aqui no sistema, seguindo o mesmo destino de ‘13th Breath of the Zodiac’!
Está certo que, após a grande exposição obtida ultimamente
por bandas como The Devil’s Blood ou mesmo Ghost, o trabalho aqui apresentado
por JESS & THE ANCIENT ONES não soa tanto a novidade como se poderia
desejar, mas uma vez que o importante são mesmo as canções e o seu poder de
permanência, estamos assim perante um trabalho de estreia muito agradável!
(RuiMarujo)
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