segunda-feira, 25 de junho de 2012

JESS AND THE ANCIENT ONES – jess and the ancient ones


 
JESS AND THE ANCIENT ONES – jess and the ancient ones
(Svart Records - 2012 - CD)

Não me recordo de ter recebido o memo que estabelecia o termo Occult como roupagem eleita para diversos projectos que têm surgido ou crescido nos tempos mais recentes mas, aparentemente, trata-se de um caso consumado e estes finlandeses são mais um bom exemplo disso mesmo! Os JESS & THE ANCIENT ONES seguem uma linha idêntica à dos holandeses The Devil’s Blood, ou seja, mergulham de cabeça no universo rock setentista de alguma influência psicadélica e com um sentido melódico muito presente! Citam influências que vão de Mercyful Fate a ABBA, não têm receio de ir beber à fonte progressiva  e, à semelhança dos holandeses, também se fazem ouvir com uma voz feminina e três guitarristas!

Este é o seu album de estreia, após um primeiro EP editado em 2011 chamado “13th Breat of the Zodiac”! São sete temas que variam entre os 4 minutos de ‘Devil (in G minor)’, um exercício quase cabaresco graças ao piano muito presente e à entrega vocal de Jess, e os épicos 12 minutos de temas como ‘Sulfur Giants (Red King)’ ou ‘Come Crimson Death’, que encerra o disco disfarçada de powerballad, mas com uma orientação progressiva muito grande! A faixa que abre este disco homónimo, ‘Prayer For Death and Fire’, agarra-nos logo com o seu balanço rockeiro e com a forma como se vão alternando os seus destaques, entre os arranjos de guitarra cheios de ganchos e as linhas oferecidas pelas teclas, tudo unido pela voz sempre presente de Jess! ‘Twilight Witchcraft’ segue a direito pelo mesmo caminho traçado pela abertura e ‘Ghost Riders’ reforça ainda mais essa ideia, acabando por se tornar um dos mais rodados aqui no sistema, seguindo o mesmo destino de ‘13th Breath of the Zodiac’!

Está certo que, após a grande exposição obtida ultimamente por bandas como The Devil’s Blood ou mesmo Ghost, o trabalho aqui apresentado por JESS & THE ANCIENT ONES não soa tanto a novidade como se poderia desejar, mas uma vez que o importante são mesmo as canções e o seu poder de permanência, estamos assim perante um trabalho de estreia muito agradável!

(RuiMarujo)

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