quinta-feira, 1 de junho de 2006

rola na grafonola: IGNITE "our darkest days"

O "rola na grafonola" é onde se fala dos discos, demos, temas, EP's, seja aquilo que for que produza som quando se coloca na "grafonola" de casa. Para começar, vamos de IGNITE, que por acaso nem é uma banda que eu goste muito, mas vocês não têm nada a haver com isso, pois não? Só precisam de saber que, se quiserem, podem também colocar aqui aquilo que estiver a rolar na vossa grafonola. É só enviar para cá!

Cá vai disto:

IGNITE – “our darkest days” (Abacus Recordings) 2006

Esta é a mais recente edição dos americanos IGNITE, um disco lançado após um período de espera de aproximadamente 6 anos, uma vez que o album anterior, “A Place Called Home”, foi editado durante o ano 2000.

Amados por muitos e odiados por outros tantos, mesmo dentro da própria cena hardcore, levam já mais de dez anos de carreira, criando marca registada com o seu som de fácil reconhecimento e identificação. Este disco não foge à regra e tudo quanto fomos habituados a reconhecer-lhes está aqui, se bem que, com o cuidado trabalho evolutivo que representa um espaço de seis anos entre dois lançamentos.

Confesso que nunca fui um grande apreciador de IGNITE, talvez por não conseguir desligar da minha mente a imagem do vocalista de Scorpions cada vez que ouço um tema destes americanos. Mas isso é um problema meu, que talvez possa ser resolvido com a ajuda de muita terapia...

Acontece que os temas que tive oportunidade de ouvir deste novo disco soam-me bastante bem. A culpa talvez possa ser do grande sentido melódico que percorrem estas composições, mas não perdendo com isso qualquer tipo de força ou velocidade nos lugares onde deveriam estar. A própria banda admite que o seu produtor tentou levá-los por um caminho que os obrigasse a depositar mais cuidado aquando da composição e isso vai-se notando à medida que os temas vão saindo das colunas.

Conhecendo um pouco do passado desta banda não é de admirar que o conteúdo das letras seja condimentado pela contestação e pela reflexão sobre assuntos como: a invasão do Iraque, a ilusão do Comunismo, o abuso de substâncias alteradoras de estado, etc. Não deixam assim de ser fieis aos ideais que sustentam a sua filosofia. Acima de tudo, tentam providenciar matérias com que as pessoas se possam interrogar.

O tom deste novo disco é alto e energético e até a homenagem que fazem aos U2 com a cover do tema “Sunday Bloody Sunday” soa a IGNITE, plena de velocidade, melodia e sentimento. Para além deste pequeno bónus, destaco 2 temas que na minha opinião são grandes malhas: “Poverty For All” e “Strenght”! Nem os Scorpions conseguiam!!

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