Estive presente no concerto de apresentação deste EP e, à medida que os SUNYA iam apresentando alguns dos temas novos, recordo-me de pensar com os meus botões que o material mais recente estava a soar ligeiramente melhor que as coisas que já conhecia do anterior “Time”! Agora, ao ouvir os cinco temas que compõem este “Sweet Revenge”, essa primeira impressão pode ser fundamentada ou refutada convenientemente!
Embarcando numa espécie de play-by-play deste novo disco, somos iniciados na audição com o tema que lhe oferece o título, ‘Sweet Revenge’, que tem a sua base num ritmo de guitarra que se pode tornar viciante e que deixa a sensação familiar de já o termos ouvido anteriormente, por soar tão bem e não por ser semelhante a outra banda qualquer. Ainda assim, pode-se afirmar que existe aqui um ambiente próprio de algo como Paramore, só para oferecer um ponto de referência.
O tema seguinte, ‘No Way Out’, talvez seja o que menos interesse desperta no conjunto dos cinco, pois acaba por não deixar grande impressão no final dos seus quatro minutos e qualquer coisa, para além da melodia vocal de um refrão que não chega a ser suficiente para mais tarde recordar o tema como um todo.
A meio da contagem somos apresentados a ‘Lost Words’, com uma estrutura muito mais sólida e melhor delineada que o tema anterior, onde a voz de Kady tem oportunidade para surgir quase em sobreposição, graças à forma como foram gravadas algumas das suas frases. Não transcende como destaque, mas é uma boa canção rock.
A dois temas do final encontramos ‘Anger’ que novamente possui um refrão muito forte e bem construído, bastante melódico, daqueles que as rádios gostam tanto de apresentar nas suas playlists diárias.
O tema que encerra este EP acaba por ser, talvez, o meu preferido. ‘Payback’ tem uma toada bem mais metalizada que os restantes, ainda que não deixe de soar a rock. Recorrendo mais uma vez aos pontos de referência, diria que existe aqui um pouco daquele tempero com que os Black Label Society pontuam alguma da sua música. A voz feminina não lhe retira força e até acresce melodia ao trabalho do resto da banda.
Pontos a considerar futuramente e conclusão: oferecer maior consistência e densidade à produção final! Quer a bateria quer as guitarras pedem maior ataque em muitas ocasiões ao longo do disco! O amadurecimento dos SUNYA nota-se agradavelmente neste “Sweet Revenge”, sinal que, passo a passo, estão a seguir no bom caminho.
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