Uma noite de sábado que guardava a oportunidade de assistir ao concerto de uma banda cujo caminho os tem levado a uma maior projecção e sucesso fora das fronteiras nacionais, uma vez que o espaço e a visibilidade para o seu universo são demasiado limitados dentro do nosso burgo, era esta a premissa presente no SIDE B Bar no passado dia 29, com a presença de PHANTOM VISION e do seu universo de sombras e escuridão.
Infelizmente não consegui assistir à totalidade do concerto, apesar de toda a minha curiosidade, uma vez que nunca tinha tido a oportunidade de os apanhar num palco à minha frente. Quando consegui libertar-me dos meus compromissos prévios rumei à sala de Benavente, conseguindo apanhar a banda já com pouco mais de metade do concerto decorrido.
Por esta altura, os três vultos que compõem a banda entregavam-se aos ritmos negros do seu rock de influências góticas, cada um deles interpretando o seu papel com a mestria que têm vindo a cultivar ao longo dos últimos anos, Pedro Morcego debitando as palavras que se envolvem com as cadências oferecidas por Pierre Dumond (teclados) e André Joaquim (guitarra), uma formação que é minimalista nos seus números, mas que não deixa de conseguir influenciar o movimento dos corpos das pessoas que quiseram estar presentes no espectáculo.
A afluência de público poderia ter sido maior, mas talvez a oferta de outros concertos nessa mesma noite possa ter tido alguma influência no número de presentes, facto que não beliscou de forma alguma a presença e a prestação de PHANTOM VISION, que sempre mantiveram uma entrega constante ao longo da noite, enquanto visitavam alguns temas da sua história, iniciada em meados de 2000. Não sendo eu um conhecedor profundo da sua discografia, consegui ainda assim identificar algumas referências ao seu disco editado em 2006, “Instinct”, como foram os casos de “Total Eclipse” e “Until Heaven Sleeps Again”.
Decididamente fiquei curioso em vê-los novamente, tentando numa próxima oportunidade acompanhar a totalidade da prestação e deixar-me destas coisas de assistir a metades de concertos, apesar de ter ficado agradado com a metade que ainda consegui ver e pelo que consegui perceber pelas reacções de quem esteve presente, não houve quem tivesse ficado desiludido.
PHANTOM VISION: ao vivo no Festival Drop Dead 2008
PHANTOM VISION: strange atraction ("Calling The Friends", 2004)
n.e. (um obrigado ao João Vieira pelas fotos)
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