segunda-feira, 3 de novembro de 2008

TESTAMENT – the formation of damnation (2008)



Passaram uns bons anos desde a última vez que deixei os meus ouvidos terem acesso a um disco de Testament! Quero dizer, para escutar com a atenção devida e não apenas para servir de banda sonora para qualquer outra actividade que me esteja a ocupar o tempo naquela ocasião.
Sou pessoa para admitir que a carreira discográfica de Testament me tem passado um pouco ao lado, ou melhor, eu tenho-me desviado um pouco dela, apesar de tentar manter-me informado acerca do que se vai passando por esse mundo sonoro fora.
A minha melhor relação com estes americanos tem quase vinte anos, pois foi “Practice What You Preach” que me preencheu durante mais tempo, no que a Testament diz respeito. Não vou dizer que quase gastei o vinil, porque na verdade nunca foi meu! Naquele tempo havia quem tivesse capital para adquirir muitos discos em vinil e depois havia pessoas como eu e muitos outros, com algumas das rodelas originais e com as nossas singelas cassetes, um album no lado A e outro no lado B. No meu caso, penso que era qualquer coisa de Kreator! Mas isso agora não importa...
O que interessa é que após toda uma larga história de mudanças de formação, experiências e aproximações a diferentes sonoridades, doenças graves e suas recuperações, os Testament editaram este ano o seu décimo disco de originais, reunindo uma forte formação, que se pode chamar clássica pois, à excepção de Paul Bostaph (que apesar de tudo já por ali tinha passado anteriormente), todos os membros são do tempo dos Legacy, primeira encarnação da banda, nos meados dos longíquos anos oitenta. Venha de lá então a inspiração para o título deste disco!
No que me diz respeito, sabe bem ouvir de novo a voz de Chuck Billy num registo semelhante ao que tanto apreciei há uns anos atrás com “Practice What You Preach”, apesar de, como será natural, se poder encontrar num ou outro momento em que essas semelhanças dão lugar à sonoridade ganha em albums anteriores como “Demonic”.
Em termos do equilibrio que ao longo destes novos temas foi procurado pela banda, quer tenha sido intencional ou não, penso que pouco há para dizer para além de que o objectivo está cumprido. Para tal, basta comprovar a velocidade presente no tema “The Formation Of Damnation”, que nada perde para o balanço de “Killing Season” ou com a melodia habitualmente presente na música de Testament, que se vai apresentando aqui e ali ao longo de todo o album. De um modo geral, acaba por se tornar uma prova cabal de que a veterania ainda consegue apresentar bons discos de thrash-metal, com a alma de quem ainda sabe o que faz e que, aparentemente, ainda sente um enorme prazer em fazê-lo!
Quase vinte anos depois, os Testament voltaram a figurar na playlist cá de casa! Ainda bem para mim!

1 comentário:

Anónimo disse...

num conheço... tens uma prima que a nível musical é tão inhorante :( num tens brigonha?